sábado, 8 de outubro de 2011

CONVITE para o dia 22 de Outubro

Bom dia, boa tarde, boa noite…
A Rede de Cidadania de Montemor-o-Novo que nasceu em Julho de 2010 já merece um encontro para celebrar este primeiro ano, fazer o ponto da situação e pensar para agir para o futuro.
Neste sentido, vimos convidar todos os cidadãos interessados a juntar-se, no dia 22 de Outubro pelas 15h, no Auditório da Biblioteca Municipal de Montemor-o-Novo.
Para agilizar o encontro propomos o seguinte “trabalho de casa”:
- Para os grupos “iniciais” (alguns já desaparecidos): como correu este ano? O que fizemos e o que não fizemos? Porquê? Quais são os projectos?
- Para cada um individualmente: partindo dos objectivos da Rede (ver manifesto neste blogue redemontemor.blogspot.com em Sobre nós ) o que fiz para os alcançar? o que poderia fazer mais? Como?
Porque a Rede é informal mas precisa de alguma “organização” convidamos também cada um a pensar no papel do Grupo Coordenador e no seu futuro.
Podem enviar sugestões, pensamentos e ideias para concretizar mas sobretudo apareçam no dia 22.
Cordialmente
O grupo coordenador

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Quer criar um Banco de Terras local?

Temos sido abordados por algumas pessoas com a questão da criação de outros Bancos de Terras Locais. Por que razão se deverá criar outros Bancos de Terras locais e como é que isto pode ser feito?
De acordo com o Movimento de Transição, a resiliência (capacidade de resistir e se adaptar face a perturbações externas) de uma comunidade aumenta quando reforçamos os laços entre os elementos dessa comunidade e quando intervimos nela com profundo conhecimento do que nela acontece. Por outro lado este aumento de resiliência aumenta com uma relocalização das inumeras actividades produtivas, nomeadamente de produção de alimentos e sua transformação. Relocalização implica interessarmo-nos mais pelas nossas comunidades locais, agindo localmente e, por isso, de forma mais adequada, mas também menor gasto de combustíveis fósseis que nos trazem, actualmente, produtos de todos os cantos do planeta com implicações nefastas na autonomia energética e no clima. Desta forma aconselhamos vivamente a criação de Bancos de Terras locais, embora pensemos que a questão da falta de autonomia alimentar em Portugal é tão séria que há espaço para todas as iniciativas que existem e venham a existir de âmbito mais local ou nacional. Hája vontade de cultivar.
Posto isto passemos ao "como". Apenas podemos falar da nossa experiência e muitas formas haverá de implementar uma iniciativa destas. No nosso caso tem sido essencial o projecto ter tido origem no âmbito da Rede de Cidadania de Montemor-o-Novo, um conjunto (não uma associação) de pessoas interessadas em criar iniciativas para uma comunidade mais sustentável e preparada para encarar os desafios ambientais, económicos e sociais do futuro, pessoas que decidiram assumir a sua responsabilidade na construção de um futuro melhor em vez de se limitarem a esperar que "os outros" o façam por si. Desta forma as ideias são pensadas em conjunto e é possível acedermos a uma série de apoios que dificilmente surgiriam caso agíssemos de forma isolada (coluna mensal no jornal local, apoio de instituições no esclarecimento de algumas dúvidas), para não falar da energia positiva criada ao pensarmos e agirmos em conjunto em prol da nossa comunidade. De resto adoptámos o modelo mais simples possível partindo do princípio de que "o que interessa é pôr as pessoas a produzir" e que quase tudo o resto é acessório tirando alguns princípios fundamentais que fazem parte da nossa Declaração de Princípios. De resto concebemos as nossas fichas de inscrição e funcionamos com o mail da Rede de Cidadania e com a nossa Banca no Mercado Municipal de Montemor-o-Novo, aos sábados de manhã. Isto permite-nos trabalhar falando com as pessoas e passar a barreira do computador, uma vez que grande parte daqueles a quem queremos chegar não têm computador ou internet.
Desta forma convidamos, quem assim o pretenda, a imitar-nos e recriar-nos de forma aperfeiçoada, a criarem fichas de inscrição inspiradas nas nossas ou melhores, a distribuirem cartazes pelos cafés, casas de convívio e Juntas de Freguesia locais, a falarem directamente com as pessoas, a contactarem as associações de agricultores e produtores locais, enfim, a porem mãos à obra. Esperamos em breve ter minutas disponíveis para contratos de comodato, arrendamento ou trabalho em parceria, embora as parcerias possam ser feitas com um simples acordo verbal. Logo que as tenhamos disponibilizaremo-las neste blog e poderão utilizá-las nas vossas iniciativas locais se assim o entenderem.  
Votos de um bom trabalho!

Regras de funcionamento do Banco de Terras de Montemor-o-Novo

Como tudo na vida, o Banco de Terras de Montemor-o-Novo tem algumas regras para o seu funcionamento e quem queira nele participar. Começamos com uma Declaração de Princípios, que pensamos ser fundamental para a compreenção do espírito que preside a este Banco de Terras.

Por outro lado, sendo este um Banco de Terras que visa reforçar os laços entre agricultores, consumidores e o território agricola local, bem como resolver alguns problemas da nossa comunidade, destina-se fundamentalmente a residentes no concelho de Montemor-o-Novo. A cada inscrição é dado um número de ordem e a respectiva prioridade na escolha das parcerias a realizar. Interessados de fora do concelho poderão inscrever-se se assim o desejarem mas de forma condicional, ou seja, apenas não existindo nenhum interessado, no concelho de Montemor-o-Novo, no mesmo tipo de tipologia, esta lhe será apresentada.
Para os interessados que residam fora deste concelho, sujerimos o contacto com o Banco de Terras de Portugal, no facebook. 

Fichas de inscrição para o Banco de Terras de Montemor-o-Novo

Aqui ficam as fichas de inscrição para o Banco de Terras de Montemor-o-Novo. Quem queira participar e residir no concelho de Montemor-o-Novo, só tem de escolher a modalidade respectiva, preencher a ficha e enviá-la para cidadania.montemor@gmail.com ou entregá-la no Mercado Municipal de Montemor, aos sábados de manhã, na nossa Banca. Outros materiais ficarão disponibilizados em breve.
Por um ano ou uma década, com contrato assinado ou um simples aperto de mão, para autoconsumo ou venda, convidamos todos a experimentarem pôr a mão na massa e participarem neste Banco de Terras. Com votos de boas colheitas...